A espera de quem muito espera!

Dê-me um pouco mais de paciência, constância, obediência, docilidade, sabedoria, fortaleza, esperança...

Só um pouco mais Senhor!

AQUELE!

Você tem um cobertor velho!?
Tenho um que faz tempo que me acompanha, antes ele era bem grandão ficava na cama dos meus pais e achava o máximo dormir com ele, parecia melhor que o meu.
Com o passar do tempo o cobertor foi se desgastando e queriam desfazer dele, gostava muito e insisti até ele se tornar meu.
Sempre dormia com ele, não abria mão, tinha que ser aquele, era aquele que eu queria, era aquele que me fazia dormir bem, era aquele com seus rasgados, sem alguns pedaços, era "AQUELE"!

Com o passar do tempo ele deixou de ser "AQUELE"(jamais imaginava isso!), não tenho mais predileção, desejo, percebo que os outros também podem me fazer dormir bem ou até melhor quem sabe...

Quando abro o guarda-roupa sempre o vejo, ás vezes ele chega a cair no chão e tenho a sensação de ser um desejo(cobertores tem desejos?) dele de querer ser novamente "AQUELE". Mas seu tempo já passou!

Não é mais!

Há muitas coisas que andam perdendo o lugar por aqui, andam deixando de ser "AQUELE", por escolhas, pelo tempo, por medo, por mudanças... e tantos outros motivos.

 Independente de qualquer "AQUELE" que passe por aqui, ao meu lado está Aquele que sempre é!

O amor é agora!

Que saudade do meu pedaço do céu aqui na terra...

Saudade dos sorrisos que alimentam cada passo meu... mais uma vez: SOZINHA EU NÃO CONSIGO!

Precisei de um tempo pra novamente perceber que o Amor é agora!

Fiz um propósito de permanecer um pouco longo, aproveitei alguns compromissos pra fazer isso com mais sutileza...

E hoje me pergunto: porque querer viver longe dos que nos fazem forte, felizes, amados???

Pra aprender a conviver sem eles por saber que um dia eles vão? Pra não sofrer muito quando for despedir e pensando nisso evitar ter laços mais estreitos e até mesmo um certo tipo dependência?

Eu posso morrer há qualquer momento, quem sabe nem conseguirei terminar de escrever isso aqui... e o que eu fiz nessas minhas últimas três semanas? Vivi coisas lindas, fui muito amada por Deus nesses dias, mas deixei de aproveitar pequenas oportunidades de estar com os MEUS, por um besta desafio de ficar um tempo só, de sobreviver sem eles!

Minha vida não faz SENTIDO sem eles, eu não SOU sem eles... me faltam muitos pedaços!

Não que se todos eles partirem eu vou ficar parada no meu lugar, de forma alguma... é por eles que vou continuar vivendo...

Quero amá-los até o fim, além dos meus limites, das minhas misérias! Quero aproveitar cada segundo, cada pequena oportunidade de voltar pra casa!

Não quero antecipar despedidas, se hoje posso vê-los todos os fins de semana dou graças a Deus por isso, se amanhã a vida me der outra forma de viver, diminuir a frequências de encontros ou qualquer outra situação... quando isso acontecer se acontecer eu me adéquo a essa realidade e sofro essas demoras, enquanto isso... o Amor é hoje, é agora!

"Só tenho hoje para Amar!" Sta. Teresinha do Menino Jesus!

Não quero perder mais tempo, e nem ter medo de perder! O medo é capaz de tirar mais do que imaginava perder!

"Eu sinto a sua falta!
 Não é tarde pra dizer
 Que eu preciso de você!"

Verdade!

Resolvi olhar pro lado e percebi que as coisas continuam bem vivas por aqui...

                                            Ilusão!

Primavera

Andou pelo meu jardim,
não como um espectador,
era Ele, o jardineiro.

Retirou plantas que achava nocivas e belas...
Dolorosa foram as raízes que Ele por necessidade arrancou!

Arregalou os meus olhos
A princípio com receio não queria mais abri-los...
Mas parecia tudo tão seguro que me lancei
Observei canteiros admiráveis que nem de suas existências sabia,
antes só reconhecia em meu jardim as velhas árvores.

Pediu para deixá-las um pouco de lado, assegurou-me que suas raízes estavam firmes e que não precisavam de tanto cuidado assim...
Perdi o medo e comecei a sonhar, a cada dia imaginava o meu jardim
de forma diferente, com árvores coloridas, pequenas, grandes...

Queria o jardim dos meus sonhos, e ousei pedir a Ele.
Então, deu-me sementes, confiante as plantei com cuidado
Fui regando dia a dia e surpreendia-me sempre com o tanto de cuidado e dedicação a elas, cada gota d’água que cai na terra era um pedaço da expectativa que carregava em meu peito...

Esperei...
As sementes já mortas começaram a nascer...
Os brotos que saíram não pareciam ser das árvores que sonhei.
Desapontada, descobri que a expectativa mata toda a esperança!
Não via mais beleza em meu jardim...
A expectativa que carregava no peito era tanta que quase arranquei tudo por não ser o que sonhei...

Porém o jardineiro conhece pelo broto a beleza da árvore que há de crescer...
Disse-me com um olhar de esperança:

Tenha calma menina, quem cuida do seu jardim sou Eu, e só deixo plantar o que há de mais belo. Não percebeu que o solo não está tão fértil como deveria!? Claro que não né, agora que está começando a entender as necessidades e fragilidades dele. Confie nas sementes que eu te dei, nos sonhos que deixei você sonhar e cuide mais do seu solo, não quero que plante nada que não irá frutificar.

Que as lágrimas fertilizem o meu solo.

Fragmentada

"...Era assim a vida, de repente. Privacidade nenhuma. Todo mundo participando um pouco da vida alheia. Mas só um pouco. Só um pouco. Só através de fragmentos. O que é ainda mais inquietante." Trecho do texto Fragmentos de Heloisa Seixas

Só através de fragmentos!



"Eu abri meu coração como se fosse um motor
E na hora de voltar sobravam peças pelo chão..."- Armas químicas e poemas- Engenheiros do Hawaii

Amor!

Sentimento livre.
Quer o bem e não espera nada em troca!



Buscando o equilíbrio!

Nada posso fazer...

Sempre dá certo!

Só que ás vezes o certo não é o "certo" que imaginávamos ser!


"Nada posso fazer.Tudo vem de Deus. Somente uma coisa me pertence: uma infinita miséria." Pe. Pio

E aí!?

Vai ser melhor assim!?

Então me ajude a sair daqui! 

Mudei!

Ás vezes é ruim se perceber diferente, porém o que vejo hoje de diferente em mim, me faz muito feliz.

Eu mudei muito, com pequenas mudanças!

Algumas muito desejadas, outras inesperadas...

Se você reler alguns textos meus, ou se convive comigo algum tempo vai perceber que mudei.

Estou mais leve, mais livre!

Anseie por isso já faz um bom tempo, cerca de um ano... fui me descobrindo, assustando com minhas misérias, fraquezas e fui aceitando e aprendendo a lidar com elas. Reconheci meus talentos, minhas pequenas belezas, meus sorrisos, desejos e sonhos.

Ainda há muito pra mudar!

Tem valido a pena desbravar no escuro do meu interior, ainda me assusto muito quando coloco o foco da lanterna em alguns cantinhos, mas com calma vou observando cada coisinha, retirando o que posso e consigo retirar e com coragem, quando não consigo peço ajuda(uma das minhas pequenas mudanças: pedir ajuda).

Carrego ainda comigo alguns muitos medos, perdi poucos! 

Não tenho mais medo de ser eu! Estou aprendendo a errar, a perder e principalmente aceitar e reconhecer as minhas perdas! Nem sempre perder é ser um fracassado!

                                                       Eu sei recomeçar!

Estou aprendendo a amar, engraçado isso né!? Pois é, descobri que o amor exige decisão e dedicação! Decidida, estou me dedicando!

Ah, estou aprendendo a lidar com o tempo também, a percebê-lo melhor... tem momentos que ele parece voar e a outros que parece estar parado, é preciso conviver com os dois e esperar! Esperar! Esperar! Esperar!

A impaciência sempre quer ser minha companheira fiel, e foi algumas muitas vezes, mas dela não quero mais a companhia!

Vou seguindo nessa mudança, às vezes correndo, saltando, vagando, perdida e até mesmo parada debaixo da sombra de uma árvore!

Eu comecei a ser feliz e a ser melhor, eu quero e sei que posso muito mais!

Se o meu sorriso sincero e os meus olhos que hoje estão radiantes encontrar os seus, retribua o sorriso, quanto bem tem me feito e me dado forças pra seguir com as minhas lutas o sorriso de pessoas que jamais imaginava fazer sorrir! 

Carga pesada!

Tinha entrado naquele ritmo de cargas leves e pesadas, de diminuir e acelerar as pedaladas, de progredir, de não sentir tanta dor como no principio. O corpo acostumou!

Vieram as férias...

... parei! Parei totalmente, nem mesmo uma caminhada... ah, eu soube aproveitar bastante as minhas tão sonhadas férias! O corpo acostumou!

Só que férias um dia acaba né, e aí é preciso voltar à rotina.

Dei um jeito e fui pra academia.

A começar, a professora era diferente, as outras alunas também, era tudo novo de novo!

Recomecei, tinha me esquecido o quanto doíam àquelas pedaladas, aceleradas, as cargas pesadas então, nossa como dói!

Só ouvia: “Bora, bora, bora”; “Aumenta essa carga, ainda dá pra ir mais”.

Não dava pra ir mais!

 O “Bora, bora, bora” não me incentivava muito não, quanta dor!

Não dei conta de acompanhar o ritmo, aquele mesmo que a um mês atrás tinha alcançado, não dei conta, fui levando e contando os segundos pra que acabasse aquela “tortura” com uma carga bem leve.

E ainda tive alguns percalços durante aquela longa aula... como algo pode parecer tão estranho, depois de parar relativamente por pouco tempo!?

Tem coisas (as que valem realmente a pena, que fazem bem!) que não se pode parar, que depois de tomado o ritmo é preciso continuar, continuar, continuar... porque quando se para o recomeço é bem mais doloroso... e as vezes nem consegue recomeçar, infelizmente!

Tá parado aí, não desanime porque o recomeço vai ser doloroso... você já pedalou no ritmo não já!? Então, conquiste o ritmo novamente!

Quando faz bem, vale a pena acelerar o coração e com o tempo e a disciplina alcançar o ritmo perdido e depois progredir, progredir, progredir...

Bora, bora, bora, ainda dá pra ir mais!

Escuro!

Estou com vontade de escrever, estava sentindo falta disso aqui... mas nunca soube escrever no escuro!

No escuro quem não se conhece, perde-se!

Chego a essa conclusão e que hoje se tornou uma verdade.

Depois de quase terminado o banho a energia acaba, fechei o chuveiro, e comecei a me enxugar, mesmo no escuro consegui, pois conhecia os limites do meu corpo.

Assim parece ser a vida, quando se está no escuro e não se conhece, perde-se!

Reconheço que me perdi!

No meu processo de autoconhecimento apagaram-se as luzes!

E agora o que fazer?

Foi e é preciso dar um tempo naquilo que em mim é desconhecido, porque no escuro algumas coisas podem ser bem diferentes daquilo que elas realmente são.

Agora naquilo que eu já conhecia, onde conseguia reconhecer o meu limite, o meu espaço sigo fazendo.

Parada não posso ficar!

E a luz!?

Ás vezes nem sempre tem alguém pra religar a luz e é preciso arriscar andar no escuro para que ela volte, mas tenha certeza, a luz sempre volta, o dia sempre amanhece!

Foi aproveitando um feixe de luz que consegui rabiscar isso aqui...

Para os amigos...

Era uma vez...

Era uma vez um reino encantado!

Encantado porque não tinha quase nada material, mas guardava um segredo: era cheio de pessoas.

Todos os dias o rei e a esposa ficavam longas horas conversando como cuidar de tanta gente.

Então o rei baixou um decreto. Que tudo por menor que fosse seria dividido, até que cada um pudesse sobreviver sozinho. E mais, só uma coisa seria indivisível em sua essência e no seu princípio ativo: O AMOR.

Então o AMOR passou a ocupar o espaço central do reino e todo mundo tinha acesso na mesma intensidade..                                                                                                        

Muita gente vinha de longe para conhecer o segredo do reino encantado.

Mas um dia o reino foi abalado. No castelo chegou um recado, que a rainha precisava partir. Era um presente por empréstimo. O reino todo lutou bravamente, inclusive a rainha. Mas já estava escrito e a rainha partiu. O rei perdeu as forças e o castelo perdeu o encanto...

O tempo passou e o reino se ergueu de novo, ganhou brilho, tinha que sobreviver...        

E tudo parecia tranquilo...Parecia...

Outro recado...agora seria para o rei...

Ele também era um presente... Para surpresa de todos, o rei foi obediente, não lutou, não disse nada e apenas partiu...

Era uma vez...

Era uma vez um reino encantado...

Saudades de D. Lourdes e Sr. João Benedito.

Amigos, hoje estou de ressaca, colando os cacos para reerguer o reino...                              

Que foi encantado...

Obrigada por partilhar comigo deste momento difícil...

Deus é Senhor de todas as coisas!

Abraços,

                                                     Lourdes (Godóia)

                                                                           

                                   *texto da minha querida Tia Glorinha sobre o reino encatado construído por meus avós maternos, que hoje contemplam o Céu!

Tomando impulso

A vida segue... o tempo passa..

...as coisas mudam...

alguns sentimentos crescem,

outros se perdem por aí...

Trocamos de posições:

de amados a amantes;

...de filhos a pais,

de heróis a vítimas..

e muitas outras...

Eis uma menina tentando ser mulher,

uma mulher querendo ser menina...

de sonhos pequenos e gigantes..

de passos, atos e até mesmo saltos...

A alegria de se conhecer..

de poder se olhar e perceber que:

"eu vivo, sinto, amo!"

e saber que o que sinto hoje

não me priva de viver e sentir

coisas diferentes no amanhã!

Vou saltar..

é uma exigência da vida!

Receios e medos não faltam...

Mas quando se sabe o que se quer...

O querer se tornar superior aos medos!

Preparo-me para a vitória,

mas também para uma queda brusca,

assim como um atleta almeja a medalha

reconhecendo as chances de perder!

                 

Não tenho nenhuma garantia!

Apenas estou buscando...

...

dar o melhor de mim!

            

Cadê você Papai do céu?

Ela entrou na Igreja, encantada olhava para todos os cantos, observava com aqueles pequenos olhinhos aquele lugar. Percebi que procurava alguma coisa, não conseguia ficar quieta no banco, estava a resmungar meias palavras que pouco entendi a princípio:

"Cadê você Céu!? Cadê você!? Ô Céu, cadê você?"

Curiosa fiquei tentando entender porque aquele ser que mal conseguia equilibrar queria tanto encontrar com céu, pensava instigada ..."o que ela entendia por Céu, o que teriam dito a ela que deram tanta certeza de encontrar esse tal de Céu"... estava ajoelhada e do mesmo jeito fiquei tentando achar a peça que faltava pra entender o que ela dizia, até que mais uma vez resmungou:

"Cadê você Papai do céu!?"

Ela não procurava o céu e sim o Papai do céu! Fiquei admirada, tenho certeza que meus olhos brilharam como de costumo quando vejo uma criança com sua pureza e inocência sendo tão ela, sendo tão de Deus.

O que me levou aquele lugar!? Quem eu procurava!?

Com passar do tempo, da idade, vamos deixando de chamar : papai, mamãe, titia... vamos perdendo essa docilidade do tratamento, a riqueza da simplicidade, vamos perdendo aquilo que nos torna pequenos; dependentes; admiradores, perdemos a docilidade aos ensinamentos; a escuta; a um afago; um colo...

Eu sabia quem procurava, eu sabia quem iria encontrar ali, aquela garotinha não, não tinha conhecimento algum, apenas acreditou que o Papai do Céu estaria ali, e era claro a vontade de encontrá-lo, não sei qual história seus pais haviam lhe contado e qualquer que tenha sido a encantou e deixou cheia de esperanças.

Já me contaram muitas histórias sobre o Papai do Céu, do seu Amor, dos seus feitos, de suas formas, de seus filhos... de seu único Filho...e mais do que ouvir falar já vivi várias experiências por conta de sua graça e misericórdia, muitos já viveram também.

 Estava ali e procurava por Ele também, procurava Trindade Santa, o mistério de Deus!

Aquela pequenina menina entrou encantada e não saiu desapontada, o mesmo aconteceu comigo!

Eu encontrei o Céu, encontrei o bendito Amor de Deus, o verbo de Deus!

"Papai do Céu não nos deixe perder a docilidade contigo, nos conduza. Amém!"

Sempre!

"Nenhuma palavra 
Um dia você partiu sem me explicar
 Não tinha que ser assim 
Ninguém vai poder suprir seu lugar em casa 
Eu não me acostumo. Sinto falta de você! 
Na pessoa de quem fica sem saber  
Por que se parte e deixa pra trás
 Fica um vazio 
A ausência dói no coração..." - Só Deus não vai embora

E como está doendo sua ausência aqui, estou aprendendo a viver o luto, a lidar com a perda, com a saudade de algo não mais palpável, que hoje vive por conta das lembranças e dos rastros deixados por tantos lugares, que lição difícil de aprender! Que aprendizado difícil de viver!
Tantas coisas me ensinou... e muito me amou!
Confesso estar me sentindo no meio de uma tempestade, não avisto a terra, a escuridão parece tomar conta de tudo, o medo me faz andar com desconfiança, com receio, o silêncio muito incomoda...
Cadê você pra segurar a minha mão, pra rezar o santo terço comigo, pra me chamar de neguinha, lindona, de me dar aquele beijo estalado na bochecha, pra me fazer rir na hora mais triste?
Estou triste porque você partiu e sei que não é assim que você "nos" quer, mas não tem sido fácil sorrir sem ouvir sua gargalhada!
Mas estou lutando, porque aprendi com tantos e principalmente como você que é preciso lutar!
O "luto" me faz lutar pra viver melhor, pra aproveitar a graça do tempo, para amar as pessoas, e a querer ser de Deus a cada instante!
Continuo a buscar o céu na certeza e na confiança de que a misericórdia de Deus nos alcança e nos proporcionará um lindo reencontro!
Enquanto isso encontramos no lugar de sempre, o altar!
Saudade!

As mãos que se unem as de Deus e seguram a minha, gratidão!

O peso da Cruz

Recordo-me muito bem dessas palavras:
"Fique firme, ofereça cada dor em união com Jesus. Complete na sua carne o que falta nos sofrimentos de Cristo. Assim, poderá salvar muitas almas!"
Elas tomam um lugar no meu rascunho, é o primeiro rascunho de muitos, um amigo sábio me escreveu um dia e essas palavras suscitaram em mim uma força e uma vontade de não desistir!
Ontem participando do Santo Sacrifício da Missa, sentia a insistente dor no ombro que ainda persiste e ali rezava pra o que Senhor aliviasse a dor e como é bem frequente essa dor  não foi a primeira vez que fiz essa prece... mas não estava adiantando pedir, por momentos senti que quanto mais pedia mais a dor aumentava.
Sentada, comecei observar as imagens da Via Sacra, e por um momento pensei que as dores que sentia era graça de Deus, a graça sentir o peso da Cruz que ele carregou até o fim, completar na minha carne os sofrimentos de Cristo.
Não mereço tamanha graça! Sei o quanto sou fraca!
E pode ser que seja mesmo graça(completar na minha carne os sofrimentos de Cristo) de Deus sentir tamanha dor, sei que perto daquela que Ele sentiu e que sente todos os dias por tantos desagrados ao Seu coração, por muitas vezes ser Cirineu em nossas vidas, não é nada, e como eu disse sou mesmo muito fraca, finjo ser durona, mas logo que algo me pesa um pouquinho mais corro logo para o colo.
E ontem não foi diferente e hoje também não será, já está dando a hora de me preparar e correr, o coração já se inquieta e as dores aumentam.
Como é bom saber que o sofrimento que carrego me aproxima mais Dele e de Maria também. A dor me leva ao amor, ao Amor maior!
E Deus tem me encontrado, eu tenho encontrado Deus! Em cada dor, em cada comunhão, cada lágrima, no abandono, nos sacrifícios, nas escolhas, no medo, no vazio, no sorriso e na alegria das crianças, nos amigos, dentro de casa, no amor dedicado dos meus pais, na beleza da família, nos sábios, na simplicidade dos pequenos.. eu tenho encontrado Deus!

O que seria de mim sem as dores nos ombros!?

Amor de mãe

Acordei com uma vontade imensa de partilhar o que experimentei nessa noite, podem até achar que isso é irreverência da minha parte, mas eu tenho plena convicção daquilo que experimentei.

Ela dormiu comigo!
Maria!

Cheguei em casa com o coração um tanto apertado, estava me sentindo estranha... sentei na cama pra ler um pouco mas a leitura não me prendeu, sabia que precisava de rezar porém ignorei essa certeza, fui pra frente da TV. Fiquei lá até um programa acabar e depois voltei pra cama.
Como sempre tenho dificuldade pra dormir, e nessa noite não foi diferente o coração ainda estava apertadinho, relutei... relutei até não conseguir mais, levantei e peguei meu Santo terço.
No primeiro toque já senti que o escuro já não era assim tão escuro, que a noite não era assim tão fria e triste... deitei e comecei a elevar minha prece que naquele momento eram apenas pequenas partículas de água que molhavam meu travesseiro, meus dedos passavam pelas contas de madeira, não foram por todas, quando percebi o choro tinha cessado o coração já estava leve e percebi que não estava só...
Um doce coração me fazia companhia!

Quando acordei percebi que o terço continuava ali do meu lado e vi que não foi nenhum sonho ou alucinação, foi real!
Fazia um tempo que não rezava com ela, que não conversava com ela...
Maria, minha Mãe.

Estou esperando os planos de Deus junto Dela!